Essa história política do PT ‘bater esteira’ para o PSB – vice versa, vem de muito longe. Em 1988 Mário Covas tinha acabado de fundar o PSDB junto com o gaúcho José Paulo Bisol. Lula orientou Bisol a sair do recém criado ninho tucano para se filiar ao PSB e sair candidato a vice na eleição de 1989, na chamada chapa de esquerda ‘puro sangue’: Lula/Bisol.
De lá pra cá os acordos e parcerias nos estados foram apenas sendo aprimorados. Certo é que onde o acordo era fechado – apenas lá por cima, sem passar pela base eleitoral, o candidato no estado ou no município já sabia que seu nome seria usado como ‘bucha de canhão’. Não decolava.
O PSB e o PT fazem as ‘dobradinhas’ onde cada um tem seus interesses primordiais. Em Pernambuco o ‘Partido da Pomba’ quer reeleger o prefeito João Campos(PSB) e precisa do apoio do PT. O PT nacional usou o PT do Maranhão(que não tem candidato em São Luís) na contrapartida de Recife.
O esvaziamento de lideranças de primeiro escalão no lançamento da pré-candidatura do deputado federal Duarte Jr(PSB) tem uma explicação no acordo entre PT e PSB. O ‘homem do Procon’ – na sua esperteza de sempre, foi lá por cima e percebeu que tinha essa brecha histórica. Costurou o nome no Planalto para atropelar na Planície.
A primeira vítima foi o deputado Carlos Lula(PSB) que viu seu nome ser engolido. Mas como eu disse no começo do texto que esse tipo de candidatura não decola porque não nasce da vontade local da base e dos debates do PSB municipal de São Luís. Ou seja, a candidatura de Duarte Jr é fruto apenas da sua imaginação e do acordão chapa branca entre PT e PSB.