Depois de duas sessões, nesta terça-feira (25), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal encerrou o primeiro dia do julgamento contra o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e sete aliados, por envolvimento em um suposto plano de Golpe de Estado.
O primeiro dia contou com a presença do próprio Bolsonaro no Plenário e serviu, principalmente, para que os ministros analisassem pedidos feitos pela defesa, na chamada fase preliminar, mas todos foram negados pelos integrantes da Primeira Turma.
O pedido que ainda teve repercussão foi para que o julgamento ocorresse no Plenário e não na Primeira Turma do STF. O ministro Luiz Fux foi o único que concordou com o pedido, discordando da argumentação de Alexandre de Moraes, relator da ação.
“Ou estamos julgando pessoas que não exercem mais função pública ou estamos julgando pessoas que têm essa prerrogativa. E [assim] o lugar correto seria o Plenário”, argumentou Fux, que foi voto vencido.
Bolsonaro acabou fazendo uma analogia sobre o jogo entre Argentina X Brasil e o seu julgamento. O ex-presidente deixou claro que não acredita na imparcialidade dos ministros que estão julgando o caso.
“Brasil e Argentina em campo hoje às 21h no Monumental de Núñez. Vamos torcer pelos nossos garotos voltarem com a vitória. Já no meu caso, o juiz apita contra antes mesmo do jogo começar… e ainda é o VAR, o bandeirinha, o técnico e o artilheiro do time adversário; tudo numa pessoa só”, destacou Bolsonaro.
Os ministros voltam a discutir o caso novamente nesta quarta-feira (26), quando apresentarão seus votos e vão decidir se Bolsonaro e os sete aliados serão ou não transformados em réus.