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‘Brasil Isolado do Mundo’ – EUA e UE firmam acordo comercial com tarifa de 15%…

‘Brasil Isolado do Mundo’ – EUA e UE firmam acordo comercial com tarifa de 15%…

Foto: Reprodução/ABC News

Os Estados Unidos e a União Europeia anunciaram neste domingo (27), na Escócia, um novo acordo comercial que estabelece uma tarifa de 15% sobre a maioria dos produtos europeus exportados para o mercado norte-americano. O acerto foi formalizado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a poucos dias do prazo final para a imposição de tarifas mais elevadas.

O entendimento evitou a aplicação de uma tarifa de até 30%, ameaçada pelo governo norte-americano, e representa um esforço para conter o avanço de uma guerra comercial entre as duas potências. O pacto, no entanto, impõe um percentual superior à proposta inicial da União Europeia, que defendia uma alíquota de 10%.

Pelo acordo, a UE se comprometeu a adquirir cerca de US$ 600 bilhões em energia dos EUA nos próximos três anos — incluindo petróleo, gás natural liquefeito e semicondutores — e a investir, ainda, em setores estratégicos nos Estados Unidos, como defesa e infraestrutura. Em contrapartida, alguns setores europeus terão isenção tarifária total, entre eles o de aeronaves e componentes, dispositivos médicos, produtos químicos selecionados, medicamentos genéricos, equipamentos semicondutores, além de parte do setor agrícola e de matérias-primas estratégicas.

Apesar do avanço, permanecem em vigor as tarifas de 50% sobre aço e alumínio impostas anteriormente por Washington, tema que ainda poderá ser negociado por meio de cotas específicas em etapas futuras.

Durante o anúncio, Trump classificou o entendimento como “o maior acordo já feito” pelos EUA, destacando os ganhos para a indústria e a segurança energética do país. Já Ursula von der Leyen afirmou que o pacto garante previsibilidade ao comércio transatlântico e reforça a estabilidade econômica global. Juntos, Estados Unidos e União Europeia representam cerca de 44% do Produto Interno Bruto mundial.

O acordo foi bem recebido por líderes europeus como o chanceler alemão Friedrich Merz e o primeiro-ministro da Irlanda, Micheál Martin. No entanto, analistas econômicos alertam que o compromisso pode favorecer de forma desproporcional os interesses norte-americanos e provocar aumento de custos para consumidores e empresas da UE.

O texto do acordo ainda precisará ser aprovado formalmente pelo Parlamento Europeu e pelos conselhos nacionais dos Estados-membros para entrar em vigor em sua totalidade.

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