O mais novo imortal da Academia Maranhense de Letras (AML) é um intelectual com vasto currículo e inúmeros propósitos, entre eles, o de contribuir para aproximar ainda mais a Casa de Antônio Lobo da comunidade. O jornalista, publicitário, escritor e empresário Félix Alberto Lima será empossado hoje, às 19h, e ocupará a cadeira 25, fundada por João da Mata de Oliveira Roma. O patrono é Manuel Álvaro de Sousa Sá Viana. Ele vai encarar o desafio como mais uma vitória em sua trajetória no campo literário.
Félix Alberto Lima foi eleito em 21 de junho, mas não teve concorrentes. “Sempre conservei uma boa relação com os imortais da Academia Maranhense de Letras e, agora, essa convivência ficará ainda mais intensa, sendo isto para mim motivo de orgulho, dada a importância da instituição para a sociedade. Assumo uma responsabilidade grande, pois sucedo a José Louzeiro, que é uma referência na literatura maranhense e, mais ainda, no cinema brasileiro”, diz ele, que é também diretor-geral da Clara Comunicação e da Clara Editora, esta segunda com mais de 40 livros editados, sendo alguns, biografias de intelectuais que passaram pela AML, entre edições e reedições.
Félix diz que vê a AML como um espaço de fomento à literatura e elogia a atual gestão, comandada pelo escritor Benedito Buzar. Segundo ele, o presidente tem apresentado um trabalho dinâmico, abrindo as portas para a comunidade e levando os imortais para um contato direto com estudantes de escolas públicas e particulares de São Luís.
“Quero participar desse processo, bem como contribuir com a minha experiência nas áreas editorial e de projetos ligados à literatura de maneira geral. Tudo isso é importante para estimularmos a leitura, pois quanto mais lemos, mais crescemos culturalmente. Nós, enquanto intelectuais, somos naturalmente defensores do livro e, por essa razão, lamentamos o fechamento de livrarias em todo o Brasil”, frisa.
Para Benedito Buzar, trata-se de uma poesia original, com grande toque de criatividade. “A Casa está muito feliz com a inclusão de um grande nome como Félix Alberto Lima em seus quadros”, frisa.
Obras
Autor de livros como “Guajá, a odisseia dos últimos nômades” (1998), “Almanaque Guarnicê” (2003) e “Chagas em Pessoa” (2006), Félix Alberto Lima é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Maranhão, pós-graduado em Comunicação Organizacional (UFMA) e, atualmente, cursa mestrado em Relações Internacionais pela Universidade Autônoma de Lisboa, em Portugal. Entre outras coisas, ele foi assessor de comunicação social do extinto Projeto Rondon e redator da Rádio São Luís. Em 1989, ingressou por concurso público na Caixa, onde exerceu por três anos o cargo de gerente do Núcleo de Comunicação e Cultura. Atuou como editor de suplemento e repórter especial do jornal O Estado, foi correspondente do jornal O Estado de São Paulo e diretor da Secretaria de Comunicação Social do Tribunal de Justiça do Maranhão. Escreveu artigos, crônicas e reportagens para outros jornais e revistas de São Luís, como Diário da Manhã, Folha de Gaia, O Imparcial, Impacto e Parla.
O Novo imortal também destaca-se como letrista e teve músicas gravadas por cantores como Betto Pereira, Alessandra Queiroz, Anna Torres, Thiago Paiva, Alê Muniz e Luciana Simões. Natural de Presidente Dutra, ele frequentou os primeiros anos escolares nos colégios Pio XI e Diocesano Nossa Senhora de Fátima, em Barra do Corda, onde morou até os 12 anos. Em novembro de 1979, mudou-se para a capital e concluiu os estudos no Colégio Dom Bosco.
Félix Alberto Lima foi professor do Departamento de Comunicação Social da UFMA e coordenador do curso de pós-graduação em Assessoria de Comunicação da antiga Faculdade São Luís (Estácio). Venceu por duas vezes o Concurso Literário e Artístico Cidade de São Luís, com as reportagens “Chagas em pessoa” (esta em parceria com o jornalista Manuel Santos Neto) e “Chico Xavier e o Caso Humberto de Campos”.
Entre outros, recebeu o título de Cidadão de São Luís, pela Câmara Municipal, a medalha do Bicentenário de Nascimento de João Francisco Lisboa, pela Academia Maranhense de Letras; a medalha “Antônio Rodrigues Velozzo”, pelo Tribunal de Justiça do Maranhão; a medalha “200 Anos do Tribunal de Justiça do Maranhão’, pelo TJMA; e a medalha “400 Anos de São Luís”, pela Câmara Municipal de São Luís;