O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos da Assembleia Legislativa, deputado Fábio Macedo (PDT), solicitou, nesta quarta-feira (17), a realização de uma audiência pública para discutir, junto à empresa Eneva, a questão da exploração, distribuição e comercialização do gás natural produzido no Maranhão.
O parlamentar pedetista defende que parte da produção de gás natural do Complexo de Produção de Gás Parnaíba, nos municípios de Lima Campos, Capinzal do Norte e Santo Antônio dos Lopes, seja disponibilizada à rede de distribuição de combustíveis para ser utilizado por veículos automotores, que trafegam no estado.
“Levantamos essa bandeira porque acreditamos que as riquezas produzidas aqui tenham que beneficiar o nosso povo. Não é justo que todo gás natural seja utilizado somente para abastecer a termoelétrica, cuja energia produzida não é nem utilizada pela nossa população”, disse Macedo.
A proposta da audiência pública é discutir a viabilidade de projetos para que parte da produção de gás seja disponibilizada para benefício da população. Serão convocados os representantes dos sindicatos dos taxistas, ubers, vans, Governo do Estado, Gasmar e a empresa Eneva, além da população em geral.
Retomando as discussões
Em 2018, ainda como vice-presidente da Assembleia Legislativa, Macedo chegou a reunir-se com a direção da Eneva para discutir a viabilidade do projeto, assim como a Fiema. Agora, as discussões serão retomadas, visto que o Brasil é um dos grandes produtores mundiais de gás natural e o Maranhão precisa disponibilizar mais essa opção para a população, seguindo exemplos dos outros 17 estados que utilizam o gás, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Alagoas, Sergipe, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Amazonas e Goiás.
“Não é justo que os maranhenses não possam ter acesso ao gás natural produzido aqui. Além de ser uma opção mais barata de combustível, o gás também não é poluente. Isso seria uma ganho para a população, que poderia economizar, já que a gasolina a cada dia aumenta mais de preço e muitas pessoas utilizam seus automóveis para o sustento famíliar”, finalizou Fábio Macedo.