O ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, reagiu, nesta terça-feira, a um relatório paralelo elaborado por parlamentares da oposição no qual é solicitado o seu indiciamento no bojo das investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que apura os atos de vandalismo do dia 08 de janeiro, em Brasília.
O relatório, que também pede o indiciamento do presidente Lula, que é acusado de leniência e uso do aparato estatal para esconder evidências, acusa o ex-governador do Maranhão e senador licenciado dos crimes de desobediência e abuso de autoridade.
“É preciso separar o debate político legítimo de “pura invenção ou Fake News. Na verdade, há uma espécie de ideia de um outro relatório que não tem amparo constitucional, não tem valor legal, e nós temos que verificar se esse relatório tem o mínimo de consistência. Como disse: uma coisa é politicamente as pessoas acharem, criarem uma fantasia, criarem às vezes até um delírio. Muito bem podem fantasiar, podem delirar, é livre, mas eu não recomendo. Mas outra coisa é as pessoas dizerem: “olha existe um elemento concreto que conduz a essa conclusão”. Obviamente, a essa altura, não há demonstração de infiltrados”, disse Dino.
O relatório dos parlamentares da oposição somente será apreciado caso o parecer de Eliziane seja derrotado pelo plenário da CPMI, em votação prevista para amanhã.
O cenário é pouco provável, já que os governistas possuem maioria confortável no colegiado.