Diante de tudo que já foi publicizado nas últimas horas, após a grave postagem do deputado estadual Yglesio Moyses (PRTB), a situação ficou extremamente delicada para o deputado federal Rubens Júnior (PT).
O deputado petista teve um áudio divulgado onde afirmava que – após reunião com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, com a presença do desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF), Ney Bello Filho – bastava o governador do Maranhão, Carlos Brandão, cumprir o tal acordo de Colinas e tratar bem os aliados que lhe elegeram em 2020, para “liberar” o processo do TCE (Tribunal de Contas do Estado do Maranhão), que está no STF, e a paz voltaria a reinar.
No entanto, depois do vazamento do áudio, Rubens Júnior, na Tribuna da Câmara Federal, confirmou que buscou Flávio Dino para intermediar um acordo, mas apresentou outra versão. O parlamentar disse que o ministro do STF não quis tratar sobre política partidária, pois estava no Judiciário.
Diante dos fatos, o primeiro grande erro de Rubens Júnior, como deputado federal e advogado, foi ter buscado um ministro do STF, na presença de um desembargador do TRF, para negociar um acordo político partidário, algo nada republicano e que vai de encontro a harmonia e independência dos Três Poderes, assegurados pela Constituição Federal.
Além disso, Rubens Júnior ficou numa encruzilhada difícil, pois como não pode contestar a veracidade do áudio, só restou duas opções: Rubens Júnior mentiu na Tribuna quando apresentou uma nova versão para resguardar o ministro Flávio Dino, ou, o que poderia ser até pior, estava negociando com o governador Brandão e aliados utilizando o nome do ministro sem a sua autorização.
É aguardar e conferir, mas a situação de Rubens Júnior é tão complicada que já se fala em levar o parlamentar à Comissão de Ética da Câmara Federal pedindo a cassação do seu mandato.
Blog Jorge Aragão
