Na última terça-feira (11/6), o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu devolver ao governo parte da medida provisória enviada para compensar a desoneração da folha de pagamentos para setores da economia. A medida, apelidada de “MP do Fim do Mundo”, limitava o uso de créditos do PIS e da Cofins.
A manobra representou uma derrota para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vem tentando emplacar ações para elevar a arrecadação e se manter próximo da meta de déficit fiscal zero. Antes, o Congresso já havia rejeitado a proposta da pasta de reonerar municípios e 17 setores da economia já neste ano.
PF na cola de ministro
Um dia após a devolução da MP, outra crise se abateu sobre o governo. A Polícia Federal (PF) indiciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), por suspeita de participação em organização criminosa e crime de corrupção passiva.
O inquérito investiga suposto desvio de emendas parlamentares para a pavimentação de ruas de Vitorino Freire, cidade no interior do Maranhão cuja prefeita é a irmã de Juscelino, Luanna Martins Bringel Rezende Alves.
O ministro alega que a ação é “política e previsível, que parte de uma apuração que distorceu premissas, ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito”. Ele também recebeu apoio de colegas de partido.
Até o momento, o Planalto não se manifestou sobre a permanência de Juscelino no governo. O presidente Lula só deve resolver a questão após retornar da viagem à Europa. Ele embarcou para Genebra, na Suíça, nessa quarta, e volta no sábado (15/6).
Com informações do site Metrópoles.