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Iracema critica tentativa de transformar despacho de Dino em escândalo: ‘Ato de desinformação’…

Iracema critica tentativa de transformar despacho de Dino em escândalo: ‘Ato de desinformação’…

A presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB), emitiu nota nesta quarta-feira (6) em que critica a atuação da advogada Clara Alcântara, que tentou ingressar como amicus curiae em ação que discute a composição do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) no Supremo Tribunal Federal (STF). A manifestação ocorre após despacho do ministro Flávio Dino, que indeferiu o pedido da jurista e determinou o envio de informações sobre possíveis irregularidades a órgãos competentes.

Segundo a nota, a profissional não atendia aos “requisitos legais mínimos” para ser admitida no processo e sua exclusão “já era esperada”. A Assembleia estuda recorrer da decisão, especificamente pela ausência de punição à advogada por suposta litigância de má-fé. “A atuação da advogada extrapolou os limites da lealdade processual, instrumentalizando o Judiciário para fins meramente políticos”, afirma o comunicado.

O comunicado ressalta, ainda, que o envio de informações determinado por Flávio Dino é um “procedimento de praxe”, sem juízo de mérito. “Tentar transformar esse gesto automático em escândalo é ato de desinformação”, diz o texto, que também rejeita a tentativa de “vilipendiar questões jurídicas por leituras políticas destituídas de respaldo na realidade dos fatos”.

Iracema Vale critica o que classifica como tentativas de atrasar a nomeação de dois novos conselheiros para o TCE-MA. Segundo ela, a escolha legítima da Assembleia Legislativa vem sendo alvo de manobras políticas, o que mantém a Corte de Contas desfalcada e compromete o controle público. “Não é apenas a institucionalidade que está sendo prejudicada, mas o próprio direito da população a um tribunal técnico, completo e funcional”, conclui.

Veja a íntegra da nota:

NOTA – Assembleia se pronuncia sobre decisão do ministro Flávio Dino em ação no STF

Diante do despacho proferido pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), relativo à composição do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), cumpre registrar que a advogada que buscava intervir no feito jamais atendeu aos requisitos legais mínimos exigidos para figurar como amicus curiae. Por essa razão, a negativa quanto à sua participação processual já era esperada.

A Procuradoria da Casa analisa, contudo, a viabilidade de interposição de recurso, diante da ausência de aplicação de sanção por litigância de má-fé à referida advogada. Tal medida se impunha, diante do abuso processual evidenciado. A atuação da advogada extrapolou os limites da lealdade processual, instrumentalizando o Judiciário para fins meramente políticos.

No que se refere à remessa das informações sobre as supostas irregularidades apontadas pela mesma advogada, trata-se de procedimento de praxe, sem qualquer juízo de mérito. Por força de lei, todo magistrado deve remeter notícias de fato às instâncias competentes, ainda que sem indícios concretos, pois o Supremo Tribunal Federal não é o foro apropriado para apuração de tais questões. Qualquer pessoa minimamente informada sabe que as ações de controle concentrado tratam da análise de constitucionalidade de normas, não se confundindo com procedimentos de natureza investigativa. Tentar transformar esse gesto automático em escândalo é ato de desinformação. Não se pode aceitar que questões jurídicas sejam vilipendiadas por leituras políticas destituídas de respaldo na realidade dos fatos.

O que realmente importa é o que está sendo adiado: a nomeação de dois novos conselheiros para o TCE do Maranhão. Primeiro, tentou-se impedir o processo com uma intervenção sem base legal. Agora, o andamento segue sendo postergado por manobras de um partido político que se opõe à escolha legítima da Assembleia Legislativa. Enquanto isso, a Corte de Contas permanece desfalcada, comprometendo o controle das contas públicas e o interesse coletivo. Não é apenas a institucionalidade que está sendo prejudicada, mas o próprio direito da população a um tribunal técnico, completo e funcional.

DEPUTADA IRACEMA VALE
Presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão

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