Um discurso do deputado estadual Dr. Yglésio (PRTB) a respeito da “Operação 18 Minutos”, deflagrada na quarta-feira, 14, foi o que motivou a ácida reação dos deputados Carlos Lula (PSB) e Rodrigo Lago (PSB) e acabou levando a um “arranca-rabo” entre os três na sessão de quinta-feira, 15.
No discurso, ele apontou possível influência do ex-governador Flávio Dino, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STJ), na ação da PF – e mencionou que isso se devia ao fato de dois dos alvos, a desembargadora Nelma Sarney e o pré-candidato a prefeito de Paço do Lumiar Fred Campos (PSB) estarem entre os investigados.
“Provas são como essa agora, onde o despacho do ministro do STJ, amigo de Flávio Dino, foi às vésperas de uma eleição em Paço do Lumiar, contra uma desembargadora que sempre teve a antipatia de Flávio Dino”, destacou.
Para ele, o objetivo da operação seria o que se chama em direito penal de fishing expedition, uma busca probatória especulativa, realizada pelo Estado sem uma causa provável, alvo definido ou finalidade tangível, e muitas vezes desviando de seus limites autorizados, com o objetivo de encontrar elementos que possam atribuir responsabilidade penal a alguém.
Yglésio também destacou que o objetivo seria, também, intimidar adversários. E comentou, ainda, eventual relação com um rompimento entre Dino e o governador Carlos Brandão (PSB).
“Não tenho dúvida que o objetivo é para intimidar todos sabem quem aqui no Maranhão. Os grupos aqui já estão rompidos, mas é um casamento de aparências, só que a unidade não será mantida, já que a unidade não será mantida, porque hoje o espírito é de coação, de imposição e terrorismo judiciário, e tudo isso tem o dedo do ministro do supremo”, afirmou Yglesio, que ainda disse que “mais coisas virão por aí”.
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