Após uma semana de intensas polêmicas em relação à Comissão Eleitoral da Consulta Pública para os cargos de reitor(a) e vice-reitor(a) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), uma nova data foi marcada para a votação, agendada para esta sexta-feira (21). A expectativa é alta, uma vez que a consulta representa uma oportunidade de mudança após 20 anos no poder do grupo liderado por Natalino Salgado.
As tensões na universidade aumentaram diante do imbróglio envolvendo a escolha do candidato para suceder Natalino. O escolhido, Fernando, não conquistou a confiança da comunidade acadêmica devido à falta de carisma e sua associação com a gestão atual, marcada por perseguições, autoritarismo e desrespeito aos técnicos e professores.
A gestão de Natalino, que já possuía alta rejeição em 2019, sofreu um forte desgaste ao longo do tempo, reduzindo significativamente sua aprovação para menos de 30% em 2023. Diante desse cenário, ele planejou uma estratégia para garantir a eleição de seu pupilo Fernando, mesmo que este não contasse com a aprovação da maioria.
Para alcançar seus objetivos, Natalino buscou o apoio de Alankardec Dualibe, oportunista que anteriormente havia sido descartado por ele. No entanto, muitos dos aliados do Professor Alan perceberam as falhas na estratégia de Natalino e o abandonaram, reconhecendo que a candidatura de Fernando não era a melhor opção.
Enquanto isso, a oposição se organizou em torno do carismático candidato Luciano Façanha, que conseguiu reunir representantes de diferentes grupos da universidade em uma candidatura competitiva, baseada no diálogo e na honestidade.
Natalino errou ao não combinar sua candidatura com a comunidade acadêmica, e isso ficou evidente em pesquisas recentes. Uma pesquisa com margem de erro de 2% e índice de confiança de 95% mostrou que Luciano Façanha é o favorito, com 45% das intenções de voto para o comando da reitoria. Em segundo lugar, Fernando Silva, apesar das articulações da gestão, enfrenta forte rejeição, obtendo 33% das intenções de voto. A ex-pró-reitora Isabel Ibarra teve uma turbulenta rejeição da comunidade acadêmica, pontuando com apenas 12% e figurando na lista tríplice. Já Wener Miranda surpreendeu com 4% das intenções de voto, apresentando um crescimento expressivo. Por fim, 6% dos participantes da pesquisa optaram por se abster de declarar seus votos.
Com a nova consulta marcada, a universidade aguarda ansiosamente pelo resultado, que promete trazer mudanças significativas após uma gestão tumultuada e cheia de polêmicas. A escolha do novo reitor ou reitora será determinante para o futuro da instituição e da comunidade acadêmica da UFMA.