Aliado histórico do PT desde 1989, o PCdoB começa a demonstrar cansaço das estripolias políticas do parceiro. Os comunistas sempre foram coadjuvantes em todos os momentos, isso antes e depois dos petistas chegarem ao poder em 2002. Depois de aceitarem calados todo o desgaste do protagonista durante os 13 anos que ficaram no comando do Brasil, parece que o centralismo democrático se rebelou e não aceita mais as determinações que o Lula pretende dar ao projeto das esquerdas nas eleições de 2018.
De forma unilateral e antidemocrática -, sem consultar nem o PT – nem os movimentos sociais, Lula começa a ensaiar uma aproximação suicida com os oligarcas do PMDB. O mesmo partido que protagonizou a queda da presidente Dilma Roussef(PT), tomando o poder.
O ensaio de Lula rumo aos oligarcas do PMDB é uma ameaça velada ao principal projeto dos comunistas no Brasil: reeleger no Maranhão o governador Flávio Dino(PCdoB). Como retaliação, ou contrapartida, o PCdoB lançou deputada estadual gaúcha Manuela D’Avila para a presidência da república.
Sem os comunistas na chapa do Lula é tirar todo o verniz de esquerda que ainda restava. Assim o PT se lançaria em queda livre e sem culpa no mesmo projeto de coalizão que afundou a esquerda brasileira.