A deputada estadual Mical Damasceno (PSD) gerou repercussão ao se manifestar sobre o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. Em uma publicação, a parlamentar classificou a data como o “Dia das Feministas Socialistas” e criticou o movimento feminista, associando suas pautas a ideias marxistas e à desconstrução de valores tradicionais, como a família e a moral cristã.
Segundo Mical Damasceno, muitas das bandeiras feministas atuais têm origem em uma “luta de classes” que, na visão dela, promove divisão entre os sexos em vez de harmonia. “A verdadeira valorização da mulher vem do resgate de princípios como a família, a dignidade, o respeito e a complementaridade entre homens e mulheres, em vez de uma guerra entre os sexos”, declarou.
A deputada também afirmou que o feminismo busca a “libertação” da mulher de estruturas que considera opressivas, como o casamento tradicional, e argumentou que essas ideologias muitas vezes promovem ruptura em vez de construção. “Quando falta amor e empatia, o foco deixa de ser a valorização genuína da mulher e passa a ser uma luta por poder ou por uma revolução que, muitas vezes, desconsidera o impacto na sociedade como um todo”, acrescentou.
A declaração da parlamentar dividiu opiniões. Enquanto apoiadores elogiaram sua defesa de valores conservadores, críticos apontaram que seu posicionamento desconsidera avanços históricos conquistados pelo feminismo.
Mical Damasceno é conhecida por suas posições conservadoras e pela defesa de princípios religiosos na política. Sua fala reforça o embate ideológico entre setores da direita e movimentos feministas, evidenciando a polarização em torno do significado e da importância do 8 de março.