Por Aziz Santos
ZEE e ZAEMA
Siglas esquisitas, mas fáceis de serem compreendidas. ZEE – Zoneamento Ecológico Econômico e ZAEMA – Zoneamento Agroecológico do Maranhão.
Pois bem: relendo o Livro GOVERNO JACKSON LAGO – O LEGADO, vi que o prazo de conclusão do ZEE em andamento, na época, previa a sua conclusão para 2010 (Jackson é absurdamente cassado em 2009) e nas páginas 51/52 lê-se isto: “… em quais áreas poderiam ser cultivadas as monoculturas de soja e cana-de-açúcar, por exemplo, e quais aquelas em que os danos ambientais revelariam a impropriedade de seu cultivo, numa clara racionalização e ocupação dos espaços. O Governo estava consciente de que uma coisa é plantar soja nos cerrados de Balsas, iniciativa que já não é isenta de problemas (pressão por serviços urbanos na cidade de numeroso contingente humano que vivia nos campos), outra, completamente diferente, é fazê-lo no frágil ecossistema do Baixo Parnaíba, historicamente reservado para a pequena produção agrícola e criação de pequenos animais”. Portanto, os maranhenses ficamos felizes que, agora, no segundo mandato do Governador Flávio Dino, tal zoneamento vai passar a ser lei.
Há outro instrumento imprescindível ao desenvolvimento agroindustrial do Maranhão: o Zoneamento Agroecológico. Veja o que é dito na página…do livro já citado: “o ZAEMA, a ser elaborado com o concurso da EMBRAPA via contrato celebrado entre a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e a referida empresa, com o aval da Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (SEPLAN). Para este estudo de larga dimensão da pesquisa agronômica, com prazo de conclusão para 2012, o território maranhense foi dividido em 5 (cinco) grandes regiões, tendo sido priorizadas duas delas: a de Carajás – Região Oeste – de pulsação econômica mais forte, e onde são abrigados projetos de grande envergadura na área agropastoril, e outra, economicamente depressiva, a da Baixada Ocidental Maranhense – Região Norte – que abriga o maior contingente populacional de maranhenses. À medida que esse estudo evoluísse e os dirigentes do Estado tivessem informações técnicas fundamentadas das potencialidades e restrições do solo, portanto do quê e onde produzir, além daquelas de sua experiência histórica, o Governo desencadearia forte esforço na captação de projetos junto ao empresariado nacional e internacional, esforço que já começara com rodadas de negociação em Brasília, São Paulo, Estados Unidos e China. Não foi por outra razão que empresas de elevado conceito internacional aportaram em terras maranhenses com projetos de vulto na área da agricultura e energia”.
Agora que o Governo concluiu o ZEE, talvez possa avançar um pouco mais com o ZAEMA. Oxalá!
Aziz Santos – economista e psicólogo. Foi secretário de planejamento do Governo Jackson Lago