O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), acabou caindo em descrédito com a população ao não conseguir viabilizar – nem mesmo explicar – como fará para viabilizar o seu “UberBraide”.
A proposta, segundo ele próprio anunciou na segunda-feira, 17, seria pagar com dinheiro reservado ao subsídio das empresas de ônibus da capital, corridas de aplicativos para usuários prejudicados pela greve dos rodoviários.
O gestor garantiu que, tão logo a Câmara Municipal aprovasse eu projeto, a medida seria rapidamente implantada.
Os vereadores correram para apreciar a matéria, em regime de urgência. E, até agora, nesta quarta-feira, 19, nada.
Para piorar, uma nova rodada de negociação entre Município, grevistas e SET terminou sem acordo hoje.
O principal entrave à proposta emergencial de Braide parece ser o seu alto custo. Como mostrou o Blog do Gilberto Léda na terça-feira, 18, o tal “UberBraide” pode consumir em dias o que é gasto por mês com empresas de ônibus.
No melhor dos cenários, a Prefeitura gastaria cerca de R$ 4 milhões por dia com a mirabolante ideia. Mas a despesa pode chegar a até R$ 8 milhões diários num cenário real.
Nesse caso, 15 dias de pagamento de transporte por aplicativo podem equivaler a praticamente um ano do valor do subsídio que pago para a operação do transporte público.
Por enquanto, há apenas perguntas, e nenhuma resposta por parte do prefeito, que garantiu celeridade.
Em meio a isso tudo, sofre a população em geral – e não apenas os usuários, já que vários setores da economia local são afetados pela dificuldade de trabalhadores chegarem ao serviço – e sofrem os rodoviários, que pleiteiam justo reajuste salarial e de ticket alimentação.