Duas ações do Gaeco nesta semana no Maranhão com apoio da PRF trouxeram luz a um debate que foi iniciado em dezembro de 2022 pelo atual chefe maior da corporação federal, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB).
Numa entrevista no fim do ano passado, o socialista questionava o uso de policiais rodoviários federais em ações que não as de “segurança viária” ou “correlatas com a segurança viária estritamente e diretamente correlatas”.
“Qual é a sua função precípua (da PRF)? De segurança viária. Podemos agregar outras missões? Podemos, até devemos, desde que correlatas com a segurança viária estritamente e diretamente correlatas. Porque senão você cria uma força armada no Estado que não tem parâmetros legais de atuação, e isso é perigoso”, disse Dino (leia aqui).
Mais do que isso: depois do atos de 8 de janeiro, o ministro extinguiu os Comandos de Operações Especializadas (COEs) da PRF, que existiam em cada uma das cinco regiões do país, e determinou que a corporação focasse na fiscalização de rodovias federais (saiba mais).
No Maranhão, nos últimos dias, Ministério Público e Polícia Civil deflagraram as operações Hades e Véu de Maquiavel com apoio da PRF, o que levantou questionamentos sobre o posicionamento do ministro.
Fonte: Leda