Quando se começou a falar em criar a Região Metropolitana da Grande São Luís, a deputada Andréia Rezende(DEM) ainda era adolescente. Foi quando o ex – deputado Francisco Martins, pai da deputada, puxou o primeiro debate na Assembleia Legislativa do Maranhão no ano de 1989. De lá pra cá foram várias tentativas frustradas.
A primeira tentativa de metropolização ocorreu em 1998 com a Lei Estadual Complementar nº 38/1998, que foi sancionada declarando os quatro municípios da Ilha de São Luís (São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa) como a Região Metropolitana de São Luís.
Em 2015, já no Governo Flávio Dino, foi criada uma Lei Complementar revogando a anterior acrescentando novos municípios(Alcântara, Axixá, Bacabeira, Cachoeira Grande, Icatu, Morros, Presidente Juscelino, Paço do Lumiar, Raposa, Rosário, Santa Rita, São José de Ribamar e São Luís).
Essa semana o tema voltou a ser debatido numa Audiência Publica na Assembleia Legislativa, com a iniciativa do deputado Yglésio Moisés(PDT) – presidente da Comissão de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional.
“Estamos aqui aglutinando atores em busca de uma alternativa para esse processo. Ele é importante, é fundamental. Temos que pensar São Luis, a Ilha e o Maranhão. Temos de lutar pelo desenvolvimento, pela integração, pelo progresso em nossas cidades de forma planejada. O planejamento urbano é importante e fundamental. Temos que pensar no fluxo do trânsito, no tratamento do lixo, no saneamento básico e em todas as áreas da administração pública. Sob a minha ótica, a metropolização só será concretizada com todos os gestores municipais caminhando na mesma direção,” destacou o parlamentar.
Não verdade não se cria região metropolitana apenas por decreto. É preciso que haja interesse comum entre municípios metropolizados. Em todas as tentativas de tirar o projeto do papel sempre partiu do parlamento estadual, quando deveria o interesse partir dos municípios.
Talvez a única região da Grande São Luís que alguém teria interesse de metropolizar seria com o Itaqui-Bacanga, mas esse não é município. Ninguém tem interesse em metropolizar apenas a pobreza. Pelo fato do Bacanga ser detentor da maior arrecadação entre os 13 municípios da Região Metropolitana em função das maiores industrias terem sede por lá.
Qual o gargalo? Toda metropolização surge a partir de regiões com polo industrial forte. Que tenha uma boa arrecadação fiscal. Municípios com PIB gordo que desperte interesse dos demais para dividir os problemas. Que é o caso de Ananindeua, na Grande Belém e Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife. No mais, essa metropolização não faz sentido…