O governo Carlos Brandão, que inicia agora de fato com seu secretariado próprio, tem apenas uma pasta que já começa com problemas por forte pressão da sociedade civil: a secretaria estadual da Mulher. Justamente na semana da Mulher, a pasta começa a gestão cercada de polêmica por conta da publicação da secretária Abigail Cunha nas redes sociais que para afirmar “não ser racista” fez uma publicação extremamente infeliz expondo as empregadas de sua casa, duas mulheres negras.
“Para quem anda dizendo que não gosto das mulheres negras. Puro preconceito, as donas da minha casa são negras e são mulheres de batalha e verdadeiras”, declarou a secretária na publicação, que se espalhou inclusive na imprensa nacional.
Mais de 50 entidades assinaram uma carta repudiando a secretária e repudiando a sua indicação para a pasta. “Causa espanto e revolta a todo movimento de mulheres do Maranhão a indicação para a SEMU de uma deputada estadual recém empossada sem histórico nas lutas em prol dos direitos humanos básicos, a exemplo da igualdade de gênero para as mulheres. E para agravar a falta de conhecimento da pasta a deputada está sendo exposta nas redes sociais por postagens que denunciam o classicismo e o racismo”, diz a nota.
Até o momento, a deputada recém empossada secretária ainda não se manifestou. Abigail é esposa do prefeito de Barra do Corda, Rigo Teles, e foi empossada secretária em uma negociação conturbada para abrir espaço na Assembleia para o filho do desembargador José Joaquim, Pará Figueiredo.
Fontes no Judiciário dizem que os desembargadores também não gostaram nada da forma como Rigo dificultou a negociação e quase não deu o mandato para Figueiredo. Isso o deixou chamuscado também para as bandas do Palácio Clóvis Beviláqua.
Fonte: Clodoaldo Correa