O saudoso governador Jackson Lago costumava dizer que todo cidadão antes de entrar na política deveria ter uma profissão de ofício. Lago insinuava que o agente público não deveria depender da função que exercia para sobreviver. E foi exatamente isso que a ‘Revista Veja’ fez questão de omitir na reportagem sobre a profissão de médico do deputado federal André Fufuca(PP) pra tentar jogar o jovem parlamentar maranhense na vala comum.
Médico Jackson Lago foi prefeito de São Luís e governador do Maranhão.
A reportagem assinada pela jornalista Marcela Mattos esquece de propósito que o deputado quando entrou para a política aos 23 anos – quando se elegeu pela primeira vez deputado estadual em 2010, já era formado em medicina. Ao invés de questionar a adesão do Governo Lula ao Centrão, apenas destila ódio, preconceito xenofóbico e bairrismo contra o parlamentar por ser nordestino, jovem e ter nascido no Maranhão.
Velha Imprensa – Jornalista Marcela Matos e o ‘fundo do poço’ do jornalismo de ‘Veja’
A ‘Revista Veja’ faz questão de esconder o papel de destaque nacional do parlamentar maranhense nas últimas duas legislaturas quando se tornou uma das figuras emergentes no Congresso Nacional na gestão do ex-presidente Eduardo Cunha; e mais recente quando assumiu interinamente a presidência da Câmara no lugar de Rodrigo Maia. É como se André Fufuca aparecesse do nada – de ‘pára quedas, para assumir o ministério no Governo Lula.
André Fufuca é líder do PP na Câmara Federal
Sobre o suposto ‘caciquismo’ do Fufuca Dantas – prefeito de Alto Alegre do Pindaré, insinuado pela jornalista também é bastante questionável pela ‘eminência parda’ do pai do deputado que nunca foi destaque estadual na política do Maranhão.
Em tempo: vez por outra deputados e a mídia nacional ‘pegam em fio pelado’ quando tentam subestimar o parlamentar:
Reportagem da Revista Veja:
O pequeno município de Alto Alegre do Pindaré, a 350 quilômetros da capital São Luís, no Maranhão, vive dias de expectativa. Imersa no trabalho informal e com uma taxa de ocupação de menos de 4%, uma das mais baixas do Brasil, a população local pode ver um filho ilustre da terra ganhar uma vaga no ministério do presidente Lula.
O nome dele — ou melhor, o apelido — é famoso entre os 25 000 moradores da região, administrada pela quarta vez por Fufuca Dantas, de 67 anos. O filho do prefeito foi indicado pelo PP para assumir uma pasta na Esplanada dos Ministérios em meio às negociações para a adesão do Centrão ao governo.
Caso a nomeação seja confirmada, consolidará a guinada meteórica na vida do rebento, um jovem deputado federal de 33 anos que entrou na política em 2010, enquanto ainda cursava a faculdade, para substituir o pai, que enfrentava problemas legais para concorrer. Naquela época, ninguém sabia quem era o candidato “André”. A resposta vinha a reboque: “O do Fufuca”. Levando a alcunha do pai à urna, ele foi eleito deputado estadual, depois chegou à Câmara Federal, reelegeu-se e, agora, quem diria, André Fufuca pode virar ministro.
Na última semana, Lula se reuniu com o chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para discutir a divisão dos ministérios. Até o fechamento desta edição, não havia sido feito nenhum anúncio e estavam previstos novos encontros nos próximos dias para bater o martelo. As negociações se arrastam há meses e seguem emperradas por um cabo de guerra.
De um lado, o Centrão cobra um ministério de peso e de forte ação nos municípios, como o do Desenvolvimento Social, que é responsável pelo Bolsa Família e para o qual o PP sugeriu André Fufuca, o filho de Fufuca Dantas. Lula já avisou que vai ceder espaço aos novos aliados, mas é ele quem vai decidir as cadeiras que serão ofertadas.
André Fufuca, o líder do PP na Câmara, é um dos homens de confiança do presidente da Câmara, Lira.