A Polícia Civil do Maranhão investiga indícios de violência política de gênero após periciar celular com mensagens em que o vice-governador, Felipe Camarão (PT), cita a deputada estadual Mical Damasceno (PSD) em conversas de WhatsApp com um blogueiro.
Nas conclusões da investigação preliminar, uma comissão composta por três delegados solicita ao Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) que analise o caso para confirmar a competência para julgar o vice-governador em eventual ação penal.
A conversa entre Felipe Camarão e o blogueiro Victor Landim ocorreu em 7 de maio, enquanto a deputada Mical Damasceno discursava na tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão.
Landim escreve para o vice-governador: “Mical descendo o cacete em você aqui, chefe”. “Yess”, responde Camarão. “E só falou coisa doida. Agora os comentários no [portal] Marrapá estão todos contra ela kkkk”, diz. “Até a voz dela é feia. Parece histeria. Imagina comendo essa doida? Eu não fodo essa doida não kkk. Porque deve gemer e gritar feio. Até a voz dela é horrível”, digita Camarão. “Broxante”, completa Landim.
O conteúdo da conversa foi publicado no próprio blog de Victor Landim, que alegou ter sido alvo de um ataque hacker. Felipe Camarão, por sua vez, negou a autoria das mensagens e afirmou à polícia ser vítima de uma farsa. A perícia da Polícia Civil, entretanto, apontou o vice-governador como o remetente dos ‘zaps’.
No relatório da investigação preliminar, os delegados determinam que o TJMA seja notificado para conhecimento, supervisão e análise de eventual conflito de competência, diante da possibilidade de enquadramento dos fatos investigados conforme o artigo 326-B do Código Eleitoral Brasileiro. O objetivo é que o TJMA estabeleça sua competência e atribuição para a continuidade das investigações, com a consequente instauração de inquérito policial.
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