ALEMA

Herança Maldita – Alumar deixa apenas um mar de lama ácida vermelha para o frágil ecossistema da Grande Ilha

Herança Maldita – Alumar deixa apenas um mar de lama ácida vermelha para o frágil ecossistema da Grande Ilha

Quando a Alumar encerrou a produção de alumínio em 2015 deixou uma herança maldita: 650 funcionários demitidos e uma lagoa  de lama ácida vermelha   como legado para o ecossistema frágil da Grande Ilha de São Luís.   Após 37 anos da instalação do empreendimento  não conseguiu atrair para o Distrito Industrial nem fábrica de tampa de panelas.

Alumar deixou de produzir alumínio em 2016.

Quando começou a se instalar no Maranhão -, período de 1980 a 1984,  foi atraída pelo mercado. A Ilha de São Luís, apesar de ter um ecossistema frágil, tinha uma excelente  localização geográfica, estrutura ferroportuária, matéria prima de qualidade  e mão de obra barata.

Para enganar os maranhenses -, na época –  numa jogada de marketing,  deram o nome de Alumar(Alumínio do Maranhão) para o consórcio transnacional entre a americana Alcoa e australiana BHP Billiton.

INSTALAÇÃO

No Governo Federal tinha o general João Batista Figueredo. O governador do Maranhão  era João Castelo, que doou o terreno e ainda 30 anos de isenção fiscal. Na época se acreditava que dar incentivos fiscais para esse tipo empreendimento multinacional estaria fazendo um  “negócio  da china”. Na verdade empresa não se instala em nenhuma parte do planeta apenas   por incentivos fiscais. Quem determina para onde deve ir é o mercado.

Como  a produção  se tornou inviável, em função dos altos custos de energia e o fim dos incentivos do governo  ficou complicado  cobrir os custos de produção. A empresa resolveu fechar  o refino de   alumínio -, que é produzido a partir da redução  da alumina.

A Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Maranhão vem mantendo em silêncio sobre a fiscalização e a manutenção das lagoas de lama ácida. Num eventual  rompimento  das lagoas seria um acidente com proporções  do que aconteceu com a Samarco em Minas Gerais.

Um acidente como esse nos nossos mangues teria um impacto muito pior que o do Rio Doce. Adeus caranguejo.

 

 

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Francisco silva

Falar sem conhecimento de causa, qq pessoa fala. Só pq aconteceu no Estado de MG um acidente de vasta proporção, não significa q o mesmo possa acontecer, aqui na cidade de São Luís. Acho q para comentar algo q futuramente possa acontecer, as pessoas devem se cercar de provas convincentes ou ter conhecimento de causa, fato q não vi, na suposta previsão leiga de uma pessoa a tentar causar furor de reportagem cheia de conjecturas midiáticas, c outro dia uma reportagem foi produzida c o fim de levantar suspeitas .

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